sábado, 16 de abril de 2011

Doce eu desse meu ser

 
Ando em busca desse eu desconhecido
amigo d'outras eras — já não mais
Procuro e não encontro o eu perdido
esquecido num passado tão voraz.

Grito no vazio o meu silêncio
palavras mudas de meu ser em solidão
Amargas são as dores do tormento
de meu ser em eterna colisão.

Doce eu desse meu ser
bebo de mim num cálice do prazer
brindando a busca de meu eu...

Doce eu desse meu ser
busca se finda nesse meu viver
sou anjo meu.

 
©Marc Fortuna, 04/09/2000

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