Essa estória dá-se na fictícia Avilã, uma bela e próspera nação localizada no continente Euroaustromericano. Uma nação que foi crescendo e progredindo, apesar de todas as dificuldades encontradas pelos seus governantes, principalmente por sua localização geográfica. Mas cresceu... e bastante. Com o crescimento e progresso da nação, o rival do governante ficou desesperado, pois via cada vez mais distante sua possibilidade de alcançar o poder e transformar a democrática Avilã em uma ditadura monárquica feudal.
Colocou-se então o mesmo como sendo o "salvador", o "Messias"... mas na verdade era apenas um falso profeta... reunia seu rebanho mas aos poucos as ovelhas que o seguiam desgarravam-se por passarem a conhecer a verdadeira face de seu mestre... o não gostavam do que viam. Desgarradas, as ovelhas que o deixavam viam-se finalmente livres para correr no verde campo da democracia de Avilã.
Algumas ovelhas, ainda perdidas ou confusas, ainda permaneciam sob o comando do falso profeta... E a sede pelo poder fez com que o mesmo acreditasse realmente que fora enviado para mudar os rumos daquela nação. E sua vontade deveria ser seguida a risco: comandou suas ovelhas a mudarem seu nomes, assim ficaria mais fácil reconhecê-las com sua marca: a marca da... "ovelha". Não, não eram números... eram letras.
Na ânsia de alcalçar a qualquer custo o poder, passou então a usar em vão o nome do Pai e a pregar junto a suas ovelhas uma falsa bíblia, onde havia somente os gospels por ele escrito, pregando ira, racismo, sexismo, homofobia e separatismo religioso e político. Em suas palavras a seu pequeno rebanho, aqueles que o seguiam não poderiam manter qualquer tipo de contato com os que ele proclamava "impuros", por não seguirem seus mandamentos. Ordenou a suas ovelhas a arrancarem as páginas do "Livro da Cara" onde estivessem os seguidores da democracia, os incitou a agredirem moralmente e verbalmente aqueles que não comunhassem de suas idéias e que ignorassem e retalhassem as ovelhas que se desgarraram de seu rebanho para seguir no vasto campo da democracia construído pelos últimos governos de Avilã.
Enquanto o falso profeta e rival dos governantes de Avilã orquestrava suas manobras para continuar com a lavagem cerebral de suas ovelhas (na verdade, das que sobraram em seu rebanho, poucas tinham cérebro), os governantes de Avilã continuavam trabalhando e fazendo com que a nação continuasse prosperando afim de proporcionar cada vez mais uma qualidade de vida melhor a seus cidadãos.
Ao chegar o dia do juízo final e sabendo que não passaria ao julgamento, finalmente o falso profeta reuniu seu rebanho e retirou sua máscara de ovelha, revelando a seus seguidores sua verdadeira face. Mas era tarde demais para aquelas coitadas ovelhas que lá permeneceram... por não ter conseguido matar sua sede pelo poder, o lobo falso profeta devorou a carne e bebeu o sangue daquelas ovelhas perdidas.
©Marc Fortuna, 15/04/2012 (poeta, escritor e jornalista)
Nota: Esta fábula á fictícia... qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência ou fruto de sua sabedoria.
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