Existe uma tênue linha
entre a imaginação humana e a inteligência humana, fazendo com que praticamente
tudo o que possa ser imaginado, possa ser criado. Assim sendo, a imaginação é a
primeira etapa no processo da criação. Mas, e quando o imaginado vai em desencontro
com as leis da física? Viajar no tempo é possível? E como de fato podemos
definir “tempo”? Se possível for, seria em apenas uma direção (o futuro) ou
seria possível retornar no tempo? E quanto aos paradoxos com relação ao nosso
retorno ao passado? Essas são apenas algumas das muitas perguntas que a mente
humana formula ao deparar-se com esse tipo de situação.
Fiz a releitura do livro “Em Algum Lugar do Passado”, de Richard Matheson. Já o lera inicialmente há alguns anos, antes de assistir ao filme, o que, aliás, aconselho sempre que possível, quando uma obra é adaptada para o cinema, que seja lido o livro antes de assistir ao filme para que a sua imaginação possa trabalhar livremente.
Existem algumas discrepâncias entre o original escrito e a adaptação para o cinema: no livro, o personagem principal retorna ao ano de 1896, enquanto no filme ele retorna ao ano de 1912; a forma e local em que o personagem foi espancado etc. Obviamente o livro sempre é muito mais rico em detalhes, mas não vejo justificativa para a adaptação cinematográfica ter sofrido tamanha alteração.
De qualquer forma, estória é fascinante e trata sobre um assunto sempre presente na imaginação humana: a possibilidade de viajar no tempo (neste caso, o passado) e fazer as coisas de forma diferente.
Deixando de lado a análise do que é ou não possível, a leitura desta obra é altamente recomendada, uma estória de amor que rompe as barreiras do tempo, escrita numa linguagem poética e escorreita, trazendo estilos de época e fatos históricos e geográficos que, somados ao contexto, completam a beleza da estória e o prazer da leitura.
Marc
Fortuna – MTb 64.873-SP
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