quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Jornal Tribuna de Itanhaém publica artigo sobre a "Sindrome do Pânico"

Marc Fortuna é poeta, escritor e jornalista - MTb 64.873/SP
A edição atual do Jornal "Tribuna de Itanhaém" (já nas bancas) de 16 de dezembro/13 a 06 de janeiro/14 publicou um importante artigo do escritor e jornalista Marc Fortuna (foto), sobre a "Síndrome do Pânico", que agora reproduzimos:

Muitas pessoas podem considerar ataque de pânico como uma frescura ou coisa de quem não tem o que fazer, mas o problema é sério; ataque de pânico (Síndrome do Pânico) é uma doença e como tal deve ser tratada. Não trata-se de medo de sair de casa, ou medo de altura ou lugares fechados... vai muito mais além.

A pessoa que sofre os sintomas desta doença sente-se como se estivesse morrendo. Cada caso é um caso, mas geralmente o coração acelera-se, o paciente sofre falta de ar, os dedos e a cabeça começam a formigar e você sente como se estivesse a ponto de ter um colapso ou um ataque do coração. A ansiedade por causa desses sintomas é tanta que você passa realmente a acreditar que está tendo algo mais sério e isso faz com que você sinta ainda mais esses sintomas, interrompendo o ciclo normal da adrenalina no organismo que numa situação normal perdura por até 4 minutos. Por isso usamos o termo "ataque de pânico" e clinicamente a isso chamamos de Síndrome do Pânico.

Para quem nunca teve "ataque de pânico", é fácil imaginar que isso seja apenas sugestão da mente, que pelo falo da pessoa não estar tendo um ataque do coração ou coisa parecida, não é necessário se alarmar. Mas para quem está sentindo os sintomas, isso é muito real. E, geralmente, quem sofre disso, sempre passa por momentos de agonia e ansiedade. Imagine-se com falta de ar, com fortes palpitações, com sensação de desmaio, com formigamento em seu corpo... você não quer saber se isso é ataque de pânico ou não;  para você isso é real, é presente e é urgente.

Necessário sim é o paciente buscar informações sobre a doença e ao sentir os sintomas, convencer-se e dizer a si mesmo que não é nada sério, que é apenas um ataque de pânico e que em mais alguns minutos ele estará se sentindo melhor. Mas isso tem que partir do paciente e não de outras pessoas. É necessário o paciente se conscientizar e se acalmar... ninguém pode fazer isso por ele pois é ele quem tem que acreditar que tudo está bem.

Existem terapias e tratamentos para tratar e curar a doença e é necessário que a pessoa que sofra desses sintomas procure um médico e discuta com o mesmo o que sente. Recentemente, pesquisas apontaram que 1 em cada 50 pessoas sofre de ataque de pânico. Ninguém sabe ao certo o que causa esses sintomas, mas acontecimentos expressivos ou momentos de intensa ansiedade podem desencadear no futuro ataques de pânico.

Nos dias de hoje, está mais fácil verificar a ocorrência desses ataques. Eles acontecem de maneira súbita, são bem mais forte do que a sensação de stress ou ansiedade e entre outros sintomas, o paciente sente o batimento cardíaco acelerar, dificuldades para respirar, terror como se partes do corpo estivesse paralisando, tontura, náusea, suor, tremedeira, dores no peito, sentimento súbito de calor ou frio, formigamento dos dedos e medo de que você possa estar morrendo.

Se você sofre de ataque de pânico, meu conselho é para que você procure o seu médico e conscientize-se de que com o tratamento correto, o conhecimento dos fatores que se apresentam nos sintomas e o auto-sugestionamento positivo você certamente sentir-se-á muito melhor. E se você tem algum amigo ou membro de sua família que sofra disso, não trate o que eles sentem como se fosse frescura ou algo bobo. O apoio dos que estão por perto é muito importante para as pessoas que sofrem de ataque de pânico. Sentir-se apoiado, seguro e amado é sempre um grande passo para a solução de qualquer problema.

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